terça-feira, 25 de março de 2014

DISCERNINDO A RELIGIÃO VERSUS O EVANGELHO

Recebi agora, a visita de um grupo de Testemunha de Jeová. Os convidei à entrar, mas preferiram ficar no portão. São simpáticos, mas devem ser combatidos com amor e com o Evangelho de Cristo.
E quando eu disse à eles: Pois é, se Jesus Cristo não tivesse sido introduzido na humanidade, para  morrer e vencer a morte, pagar a pena que sentenciava o homem à separação definitiva e eterna, de Jeová; e nessa vitória absolver o réu, ainda hoje estaríamos separados de Jeová.
Foi até engraçado a pressa deles para irem embora.
Jesus foi o único que satisfez plenamente as exigências de todos os atributos de Deus, como santidade e justiça, entre outros, porque Ele também, pertence à Deidade. Um anjo ou um profeta jamais teria a Deidade, cujos atributos satisfariam planamente, todas as exigências de Deus.  Os anjos são divinos, mas não possuem a Deidade, tanto que, um Arcanjo rebelou, e levou consigo um terço dos anjos.
Então, uma delas me perguntou, voce já conhece as Testemunhas de Jeová? Respondi, sim! Por pesquisa! Eu já pesquisei a fundo sobre a religião, já pesquisei  não só a doutrina, a fé, os conceitos e a pregação dos Testemunhas de Jeová, como também dos Mórmons, do Catolicismo, entre outros. E acrescentei, os únicos que não fazem uma salada da Bíblia são os crentes no Senhor Jesus.

E eu vos digo agora irmãos, mesmo sendo crente,  é preciso ser dispensacionalista, porque os não dispensacionalistas também fazem salada da Bíblia.  Reconheço que todos os crentes tem um ponto em comum, que é Jesus Cristo, porem, o discernimento e a pregação bíblica varia muito entre os evangélicos, principalmente quando o assunto é escatologia.

Eu pesquisei sim, sobre varias seitas hereges (heresia é toda pregação que foge da Biblia),  não porque duvidei da suficiência, eficiência e veracidade do Evangelho de Cristo, mas para conhecimento; e a própria Bíblia nos encoraja a provar os espíritos, afim de sabermos se eles vêem de Deus. Paulo nos encoraja a ver tudo e reter o que é bom.  Confesso que já fui um pessoa fácil de ser vencida por católicos, por espíritas e por Testemunhas de Jeová. Nunca fui convencida por eles, mas vencida e engolida por seus argumentos religiosos que me obrigaram a calar a boca.  É ridículo ser confrontado e vencido por um religioso sectarista ou herege, por falta de conhecimento. Já vi muitos católicos, muitos TJs  e espíritas, fechando a boca de crentes. Isto é uma vergonha!

Quando, lá para o ano de 2.009/2.010 eu comecei a desconfiar que algo não estava certo na denominação que eu pertencia, então, comecei a estudar a Bíblia profundamente, honestamente  e a discernir a Verdade Biblica, da religião.  Nessa ocasião, eu comecei a clamar, Senhor, sei que o Evangelho glorifica à Jesus Cristo, porem, o evangelho que eu estou participando tem o pastor e o ministério que ele fundou, como centro das atenções, e não a Palavra de Deus. A bandeira que levantavam ali era a do pastor e seu ministerio, e não a Bandeira do Evangelho.  Eu sonhava com o pastor pregando o Evangelho genuíno, e até o via algumas vezes fazendo menção de Jesus Cristo, porem, como “pano de fundo” exalava o “perfume” dos méritos, dos créditos, da honra e da bandeira pastoral.

As seitas aprisionam. É muito difícil se desligar de uma seita, e quando voce se desliga, perde todos os irmãos e amigos. Tanto faz se voce sai por bem, ou por mal, voce acaba perdendo a amizade de todos, principalmente se voce for pobre.

Nunca vi ali, uma única pregação sequer, trazendo gloria  única e exclusivamente à Cristo, nunca vi sequer uma mensagem que ressaltasse a oblação do sacrifício vicário de Jesus Cristo, mas, a oblação (oferenda), da auto santificação, da auto suficiência, dos méritos e dos créditos de homem, e no caso, o pastor, claro!. 
A gloria de Deus ali, (se é que é possível o que vou dizer), é divida com o pastor. Tudo e todos ali, levantam, como emblema a bandeira do pastor e do ministério que ele fundou, e os tem como unicos, especiais e singulares. Parece até que, antes dessa denominação, ha dois mil anos atras, Jesus não salvava. Lamento dizer, mas, essa denominação chegou tarde demais no palco da historia, porque quando ela chegou, Jesus já salvava, redimia, justificava, santificava, curava, e garantia uma morada nos ceus.  Quanta tolice, alguem pensar que  tem condominio fechado nos ceus!
Ali, a autoridade é dele, o mérito é dele, o credito é dele, a honra é dele, a gloria é dele, e não pára por aí. A latria em volta dele pode ser percebida à olho nú. Muitas pessoas que viam esse desvio, me falavam, mas a cegueira me colocava em apologia ao pastor e ao seu Ministério.   Terrível cegueira!

Irmãos, o pastorado é uma função em favor do Corpo de Cristo, a igreja, e jamais uma autoridade, que se coloca manipulando tudo e todos.  O próprio Deus é liberdade. É poder, é Graça, é sabedoria, mas não, ditadura militar, onde o pastor manda e os demais obedecem, subservientemente, sem liberdade de questionar, de perguntar, de duvidar, de sugerir. O pastor ali é semelhante ao Papa no catolicismo. É infalivel, invicto, e ninguem pode questioná-lo, porque é considerado pecado hediondo,  e o pior, fica debaixo de agouros do pastor, e de olhares retorcidos de alguns obreiros preconceituosos, antropocêntricos e delatadores. 

Aí então, comecei a observar melhor e verifiquei que, a maioria dos obreiros e irmãos que ficavam ali na fila de oração, os que mais rodeavam e cercavam o pastor, ao invés de serem os mais piedosos, eram os mais arrogantes, os mais amargos, sem compaixão, santarrões, antropocêntricos e humanistas, isolados, divididos e divisivos, cujo amor e relacionamento se convergia somente para o pastor, enquanto que os demais relacionamentos eram apenas circunstanciais. Coitado do obreiro que não caisse na simpatia do pastor, porque tambem jamais cairia na simpatia desses obreiros, e ainda ficava sob olhos retorcidos, e na primeira fraqueza a vitima seria cruelmente dedurada ao pastor.  Ali, quem dedura mais, é o mais espirituaaaal!   Esse, espirituaaaaaaal, tá com tudo e com todos! Esse obreiro tem futuro ali!  Será que tem mesmo? Vamos ver! 
"Lembrando que, o bom lider é aquele que forma outros, tambem para serem bons, e os envia".

Mas vamos voltar ao assunto principal! Quem mandou eu ficar lá por uma década e meia! Agora eu sei tudo, apesar de ter eu, aberto os olhos, por meio de choque psicologico, assedio moral e colapso emocional.  Glórias a Deus! Aprendi muito, cresci muito! o suficiente para nunca mais ser idolatra de celebridades do cristianismo.

Comecei a observar um evangelho das obras, dos méritos e dos créditos humanos. As misericordias de Deus desapareciam e os creditos e meritos do homem, ressaltavam. Aqueles irmãos laboravam religiosamente, e quanto mais laboravam, mais preconceituosos, arrogantes, impiedosos, antropocêntricos e esquisitos ficavam, e eu pensava, que coisa mais esquisita!

Irmãos, para ser sincera, toda religião preza muito estas coisas. A religião é muito gratificante, porque trás mérito e credito, trás  gloria,  fama e posição à homens que se consideram especiais, unicos, singulares, e penitentes. (Penitência é um rigor que se impõe a si mesmo, e aos outros, com fins religiosos).
Nós encontramos essas coisas, na própria Bíblia, com os fariseus que se sentia especiais, sabichões,  e  acima dos outros.  Os fariseus eram semelhantes à alguns lideres hoje, que amam o primeiro lugar, amam ser bajulados, amam receber aplausos, louvores, presentes, honras e até latria.

Sinceramente, tudo isto me incomodava bastante!

Laborar religiosamente, é muito gratificante para si mesmo, para o Pastor,  para o grupo que voce está inserido,  pois, exalta o ego e a gloria de quem mais labora, firma o religioso na fé relativa, e dá convicções de que estão excelentes, diante dos demais e diante da divindade que servem. 
Num grupo religioso, um puxa o outro. Se o irmão “A” vai muito no lugar "santo" orar,  o irmão “B” também vai, para dar exemplo e não ficar para trás; se o primeiro bajula muito o pastor, o segundo também não quer ficar para trás, e bajula numa proporção maior, e assim um motiva o outro com a competição e a coisa funciona redondinha e redondamente (enganados).  Essas coisas não são, e nunca foram Evangelho!

Porem, no fundo, no fundo, tudo é relativo, nada é absoluto. (Relativo é tudo que tem relação com algo ou alguem. Absoluto é tudo que existe independentemente de alguem ou de alguma coisa). Tudo no religioso está relacionado à alguem "santo", à algum lugar "santo", e à algum comportamento tambem "santo", e apesar de toda essa "santidade", tudo é temporal e sensorial.  
Eu gosto da frase do grande pregador, Warren W. Wisrbe, quando ele diz que, Deus vai julgar a motivação de cada um de nós; se nossa motivação foi Ele, ou foi outro, ou outra coisa qualquer. Se for unicamente Ele, então estamos construindo sobre ouro, prata e pedras preciosas; porem, se for alguém ou alguma coisa, como por exemplo, pastores, ministérios, lugares, a até mesmo a propria responsabilidade, então, estaremos construindo sobre madeira, pala e feno; obra esta, que vai queimar ao passar pelo fogo, porque é morta.

Normalmente, quando laboramos religiosamente, a motivação não é Cristo, mas está em outros interesses, dos quais podem ser, o pastor, o ministério, o lugar, o dinheiro, a hierarquia, nós mesmos, a fama, a posição, entre tantos outros interesses.  Este foi o grande erro da Igreja de Éfesos,  em Apocalise 2, que laborava responsavelmente e incansavelmente, mas que tinham abandonado o primeiro amor. Em Éfesos, a motivação principal da igreja estava na responsabilidade e no labor, não em Cristo. Irmãos, o Evangelho é tão simples! O Evangelho genuino não demanda labores sofisticados, lugares sofisticados, organizações sofisticadas, mas simples. Deus salva dentro da simpliscidade e da loucura do Evanglho. Deus não depende de grandes departamentos e lugares sofisticados, porque Jesus atrai pecadores e não lugares ou obras sofisticadas. Isto tudo vai passar, porem, a Palavra de Deus, não!
Devemos nos policiar sinceramente e honestamente quanto a isto, porque podemos estar laborando em favor de nós mesmos,  de outros e de outras coisas, e não de Deus propriamente dito, enganando à nós mesmos, porque a Deus, ninguem engana

Vocês sabiam,  que até o ir na igreja, ir no Monte, ir sei lá onde mais,  com rigor, pode virar religiosidade?  Tanto é, que o dia que voce falta, sente um peso na consciência, um sentimento de culpa corroendo  por dentro? Uma pessoa religiosa só falta à algum compromisso religioso se estiver doente ou viajando, porque a assiduidade lhe é gratificante, religiosamente,  e acalma o coração.  E quando voce faz tudo religiosamente, vai na igreja todos, ou quase todos os cultos, vai no Monte o máximo possível, participa de quase todos os departamentos internos, bajula bastante o pastor, voce chega em casa se sentindo aliviado e de bem com Deus, com pastor, com a organização, grato à si mesmo, com o sentimento do dever cumprido, saiba que isto é religião!  Esta era a religião da igreja de Éfesos, mas que Deus reprovou.

Irmão, mergulhe honestamente para dentro de voce mesmo, com Deus, e, se voce  encaixa nesses parâmetros da religiosidade, e ainda sente a consciência aliviada, voce está sendo um religioso em detrimento de um verdadeiro cristão. 
Eu já fui religiosa demais, por sedução religiosa, mas, o bastante para nunca mais voltar nessa coisa de religiosidade!
Porem, voce não é obrigado a concordar comigo! E sendo assim, continue...

As seitas lançam em cima dos adeptos, um fardo religioso pesado, quando seu próprio líder fundador, e família, não conseguem carregar (vejam Lucas 11:46).
É mesmo como disse Jesus: Ái, de vocês hipócritas que coais um mosquito e engolis um camelo. Condutores cegos! (Mateus 23:24).  
Essas pessoas penitentes, e que religiosamente buscam uma experiência e uma gratificação pessoal, em detrimento do conhecimento biblico, e coletivo; experiencias, penitencias e gratificações essas, das quais lhes deixam “super espirituais”, únicos, especiais e singulares, normalmente não conseguem amar, tolerar  e perdoar os fracos.  Ou seja, eles coam um mosquito e engolem um camelo. Isto é a religião! Já vi isto demais! Esses crentes não passam de sepulcros caiados, conforme disse Jesus em Mateus 23:27.

Finalizando, eu posso lhes garantir que, não é fácil sair das garras de uma Seita religiosa. Muitos tentam sair e não conseguem, por medo, por culpa, por superstições agoureiras e presságios que os envolvem excessivamente e religiosamente.  
Enquanto que, no verdadeiro cristianismo, quando um membro deseja ir para outra denominação, o Pastor apenas orienta a que o membro não abandone a Cristo e Seu Evangelho, mas, que vá para onde ele se sentir melhor.  Já um líder sectarista (com espírito de Seita), passa medo, agouros, e a pessoa acaba ficando ali mesmo.
A religião é uma prisão!
O Evangelho é liberdade!


Dinorá Mendes

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