A Historia de Jó é uma das mais antigas e exemplar historia do mundo. Esta historia guarda segredos e mistérios que são revelados a poucos.
Esse homem nos deu um grande exemplo de integridade, retidão e temor a Deus. Tanto que, mesmo antes de seus filhos praticarem qualquer coisa que caracterizasse pecado, ele já levantava altares a Deus em favor dos filhos.
Todavia, apesar de integro, reto e temente, apesar dos altares que aquele homem erguia ao único Deus, ele só venceu suas tribulações e saiu vivo dali por causa da Graça e da fé, virtudes estas oriundas do próprio Deus o Senhor dos Exércitos.
Jó revela de forma intrínseca algo inerente à igreja. Esta história é uma parabóla da igreja. É uma historia real contata para revelar a igreja por meios parabólicos.
É muito difícil discernir que a historia de Jó revelavaou mostra a igreja de forma parabólica. Porem, este discernimento é corretíssimo.
À semelhança de Jó, a igreja só vive e só vence pela Graça de Deus (na Pessoa de Jesus Cristo), mediante a fé, atributos estes inerentes ao próprio Deus. A igreja não sobrevive por causa dos altares, mas por causa única e exclusivamente da Graça mediante a fé (Efésios 2:8-9).
Irmãos, os altares são obras da religião, e seu produto é uma fé relativa, é uma fé que tem relação com os méritos dos homens. Enquanto que a fé no invisível, é uma fé absoluta, está em conformidade com a fé de Hebreus 11; é algo da Graça sem mistura, sem concessões.sem altares levantados pelo homem.
Paulo nos revela algo incrível: Se é por vista (visão), já não é por fé (2º Coríntios 5:7), e altares são mercadorias que se expressam de formas visíveis, e seu produto tenta gerar capacidade de aquisição, poder de compra e venda, com a finalidade de seduzir a Deus a viabilizar o que queremos receber Dele. E quase sempre, ou sempre, queremos o que é terreno, temporal, ligado ao tempo, em detrimento do que é eterno, celestial e atemporal.
Os altares são produtos externos que colocam o homem no pedestal dos méritos e dos créditos para com Deus. Esses altares que o homem gosta de levantar são observados pelo nosso arqui inimigo como justiça própria, como moeda de troca com Deus. Enquanto que a fé e a Graça são produtos vindos do próprio Deus, e sendo assim, trazem Glórias apenas para Ele e jamais para o homem.
Será que Deus dá a sua Glória à outro? Não! Claro que não!
Isaias 42:8 esclarece muito bem estas coisas, dizendo: “A MINHA GLORIA, NÃO DOU À OUTRO”.
Quando levantamos os altares das obras penitentes incluídas até mesmo nas nossas muitas e longas orações de joelhos, principalmente se nós mulheres nos cobrimos com véus, tornamo-nos orgulhosos achando que podemos induzir a Deus e até mesmo exigir d’Ele a nosso favor; alem de que, nos seduz a achar que estamos espiritualmente melhores que os fracos, que os fracos irmãosinhos de banco.
Isto se aplica aos homens tambem.
Não podemos negar que muitas vezes oramos com a intenção de induzir e de seduzir, de quase obrigar a Deus a inclinar-se para nós, quando deveríamos apenas orar: Pai! faça a tua vontade e não a minha!
Muitas vezes laboramos tanto que quase obrigamos Deus responder nossas petições e anseios a nosso bel prazer. Muitas vezes nossa presunção é tanta que quase chegamos a dizer, Pai, eu mereço que o Senhor me ouça e me agrade, pois eu oro tanto, vou tanto na igreja, consagro tanto, não prostituo, não roubo, não mato, uso o véu, cumpro os mandamentos, etc. Ah! Pai! eu mereço o que estou pedindo! E se o Senhor não me der é porque o Senhor é um ingrato!
O homem orgulhoso não admite que sua natureza é má!
Não admite que nosso interior é mau por natureza. Não admite que jamais somos capazes de agradar a Deus, senão em Jesus Cristo. Pois temos dentro de nós o principio ativo do pecado que é a natureza caída.
A sensação do dever cumprido ao levantarmos nossos altares externos, como por exemplo, longas noites de orações penitentes, longos e freqüentes jejuns também penitentes, nossa fidelidade exteriotipada quanto a obediência ao pastor, ao ancião, nossa atitude esquematizada em ir nos cultos, ofertar, entre outros labores, nos capacita à sentirmos que temos por mérito a atenção e os favores de Deus.
Tudo isto se levado para o lado dos méritos do homem, é troca de favores com Deus, e foi isto que o diabo argumentou e jogou na cara de Deus a respeito de Jó. Deus precisava mostrar e jogar na cara do arqui-inimigo, que a Sua Graça nos basta, e, que o homem vive pela Graça de Deus, e não pelos altares de justiça própria.
Irmãos, não estou dizendo que não devemos laborar, como orar, jejuar, ofertar, obedecer, pois tudo isto faz parte da vida cristã; porem, nada disto deve ser operado com a intenção, talvez imperceptível ou sigilosa de induz a Deus, te trocar favores com Deus e de quase obrigar Ele a fazer o que Ele não quer. Todos nós queremos sim, que Deus nos agrade e para merecer o agrado de Deus é que laboramos muitas vezes. É como se Deus fosse um bonachão, presunçoso, caprichoso, cheio de querer, que vive sentado numa poltrona a espera de o conquistarmos.
Nossas obras de justiça própria divide a Glória de Deus conosco mesmos, e assim, colocamo-nos na vitrine dos méritos e dos créditos, quanto esses méritos e créditos devem são imputados somente, e apenas a Jesus Cristo, pela obra de Sua justiça que venceu a morte e o inferno, e nos reconciliou com o Pai.
Não há mérito no homem face aos méritos do Filho de Deus. Sua misericórdia, morte, ressurreição e intercessão são as causas de não sermos consumidos, e de termos a comunhão com o Pai restabelecida.
Ele sim, e jamais nós, satisfez na cruz todas as exigências da justiça, da santidade, e de todos os atributos de Deus.
E tanto na cruz, quanto na ressurreição, aplacou a ira do Pai contra o pecado e o pecador. Ira essa que gerou separação do homem com seu Criador, desde o Edem.
Nós somos muito presunçosos, e assim sendo, devemos nos policiar sempre, em pedidos de perdão e de quebrantamentos, mediante contrições sinceras e efetivas .
A Bíblia NÃO diz que o justo vive das obras, mas da fé (Hebreus 10:38 – Romanos 1:17 – Gálatas 3:11).
Jó, quando fraco, quando não mais podia, e, não mais conseguia levantar altares à Deus, aprendeu pela Graça e pela fé apenas a conhecer e servir seu Deus invisível. E depois que Jó foi vencedor e teve tudo restituído, nunca mais levantou altares.
Do capitulo 1 ao 35 encontramos Jó se defendendo e sugerindo que Deus estivesse fazendo injustiça com ele. Porem, já no capitulo 42, bate a mão na boca e diz: Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora, te vêem os meus olhos. Por isso, me arrependo no pó e na cinza”. (JÓ 42:5-6).
Ou seja, antes eu TE conhecia de ouvir falar, hoje, de viver Contigo.
Perguntamos:
Jó se arrependeu do que, se era reto, integro e temente a Deus?
Jó se arrependeu de sua justiça própria, de seus muitos altares.
Jó se arrependeu de buscar a salvação da sua salvação.
Os altares do homem são esteriótipos predominantes, sendo um grande motivador de preconceitos, de orgulho e discriminação.
Jó, revela no silêncio e nas entrelinhas, a igreja que vive pela Graça, mediante a fé, atributos esses, oriundos do próprio Deus e não das obras. Por que? É para que ninguém se glorie.
Tanto no Tribunal de Cristo como também no Reino de Deus e nas regiões celestiais, onde a igreja se assenta com Cristo - Efésios 2:6 ninguém pode bater no peito ou levantar o dedo para dizer: “Eu mereço o favor do Senhor.”
O apóstolo Paulo lança à igreja a seguinte pergunta: "QUEM POIS, JÁ DEU PRIMEIRO À ELE, PARA SER RECOMPENSADO?
(Romanos 11:35)
Pensemos nisto!
Dinorá Mendes
O apóstolo Paulo lança à igreja a seguinte pergunta: "QUEM POIS, JÁ DEU PRIMEIRO À ELE, PARA SER RECOMPENSADO?
(Romanos 11:35)
Dinorá Mendes