segunda-feira, 17 de março de 2014

NO PASSADO DA VELHA ALIANÇA

No passado, os dízimos eram recolhidos pelos levitas que laboravam no Templo, os descendentes físicos de Moises e Arão, oriundos da Tribo de Levi.
Os dízimos eram recolhidos em bens de consumo, e os dizimistas podiam comer dos dizimos (Deuteronômio 14:22 ao 29), e se, algum israelita morasse longe do Templo Sagrado em Jerusalém, ele podia reverter esses bens de consumo, em dinheiro, e chegando no Templo, comprar novamente esses bens de consumo, e depositar nas mãos dos levitas.
Eram os dízimos quem sustentavam os levitas que eram os trabalhadores no Templo, desde os sacerdotes, os porteiros, os cantores, os músicos, os faxineiros e todos os demais que eram da Tribo de Levi e prestadores de serviço no Templo.
Os dízimos pertenciam à Lei Mosaica e terminou em Malaquias, porque também, toda a Lei Mosaica terminou em Jesus Cristo (Romanos 10:4).
Portanto, pregar Malaquias 3:10 hoje, não faz mais sentido, pois mudou o sacerdócio e a Lei também ficou obrigada a mudar, porque expirou (Hebreus 7:12).
O interessante é que, os pregadores dos dízimos gostam de ressaltar Malaquias 3:10 sem nunca mencionarem Malaquias 3:5.  Porque será?
Quando Jesus mencionou os dízimos, ele falou diretamente aos farizeus e não à igreja, que ainda era mistério. A igreja nasceu com na morte e ressurreição de Jesus Cristo e só foi revelada em Atos 2.
Jesus nasceu judeu, viveu como judeu, pregou como judeu e cumpriu a Lei dos judeus, por isto, a menção que Jesus fez sobre os dízimos,  que pertenciam à Lei judaica, a qual Jesus veio cumprir, porque os homens não foram capazes de cumprir as Leis..
E hoje? Hoje os dízimos não mais fazem parte de mandamentos. Todas as diretrizes para a igreja, vieram do apostolo Paulo que nunca pregou mandamentos para entrega de dízimos. Voce pode procurar que jamais vai encontrar mandamento de dízimos, para a igreja. As ofertas voluntárias sim, fazem parte da igreja, mas os dízimos, não.
Quando Jacó fez o voto em Gênesis 28:22, de entregar os dizimos, nada mais era que uma profecia que se cumpriu com os seus descendentes físicos, os israelitas, na terra de Canaã. Esta promessa profética não se estendeu à igreja.
A igreja nunca substituiu Israel. Esta doutrina da Teologia da Substituição, é anti-biblica. Os descendentes físicos dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, tem na carne, o DNA dos patriarcas (Romanos 9:3), porem, a igreja, nunca teve na carne, o DNA dos pais, pois sua descendência é espiritual, não física.
Quando Abraão pagou dízimos para Melquisedeque, ele não o fez obrigatoriamente, mas voluntariamente. E no mais, o dizimo que Abraão entregou, foi dos despojos de guerra contra um rei inimigo, e jamais de sua renda.
Entendo que a igreja precisa de meios monetários, porque nada se faz hoje em dia, sem dinheiro, porem, os dízimos não são obrigatórios, e sua supressão jamais traz maldição conforme pregam de forma ameaçadora, alguns pastores. 
A Bíblia nos revela que na cruz, Jesus levou toda a maldição da Lei, portanto, não há maldição mais, para quem não guarda os sábados, nem para quem não entrega dízimos (Gálatas 3:13).
E quando um pregador enfatizar os dízimos, diga-lhes que o dizimo é bíblico, mas não é neo-testamentario. Digam-lhes ainda que, os dízimos eram em prol de todos os trabalhadores do Templo e entre eles, os porteiros, os cantores, os musicos, os faxineiros, entre outros, incluindo também os pobres, e até os estrangeiros que passassem por ali (Deuteronomio 14 do 22 ao 29, entre outras passagens. 
Se considerar os dízimos, terão também que considerar a guarda dos sábados, que também faziam parte da Lei Mosaica, semelhantemente aos dizimos.
Perguntamos, porque enfatizar de modo imperativo e ameaçador, os dízimos, e suprimir os sábados, sabendo que, todos os dois mandamentos pertenciam a Lei Mosaica?
Conheço pastores que dizem, não há mais levitas, então como haver dízimos? Se os dizimos eram recolhidos pelos levitas!
No passado, o desejo de Deus era que todo o Israel fosse sacerdotes, porem, por causa do pecado de idolatria, Deus atribuiu o sacerdócio somente à Tribo de Levi, e acrescentou, que os levitas não tinham herança terrena, porque sua herança era o Senhor (Deuteronômio 18:2). 
Quando Josué conquistou toda a terra de Canaã, aconteceu o rateio da terra e cada lider dos filhos de Jacó/Israel, recebeu um pedaço da terra para plantar, produzir e viver, com excessão da tribo de Levi, cuja função não era na terra, mas no Templo Sagrado em Jerusalem. Por esta razão, eles deveriam ser sustentados com os dizimos, ou seja, os primeiros feiches da colheita, o primeiro animal, e assim por diante, oferecidos à eles, pelos demais que perfaziam as outras 11 Tribos que tinham terra para produzirem. 
Porem hoje, na Nova Aliança no Sangue, Deus pôde cumprir seu intento de fazer todos nós que recebemos a Jesus Cristo, de sacerdotes reais, pois, por meio Dele (Jesus Cristo), que é o Sumo Sacerdote, e assim todos temos o sacerdócio real, conforme 1º Pedro 1:18,19,20 e ainda 1º Pedro 2:9. Não temos terra, temos a herança espiritual, no Senhor. Não vivemos de dizimos, mas da fé, e do proprio trabalho.  Então, os pastores trabalham? Sim! E por esta razão devem comer do seu trabalho, mas não ostentar opulencia na terra. Os pastores devem viver assim como os demais membros. Eles devem ser piedosos, solidários, prontos para dividirem o pão com os outros, e serem satisfeitos com o pouco. Paulo disse, se voce tem o que comer, vestir e um teto para morar, estejais satisfeitos. Jesus disse aos apostolos, para levarem apenas uma ou duas trocas de roupas e não se preocuparem com o que teriam para comer. A função de um pastor, é sofrida, e todo pastor que deseja estar nesta causa, deveria saber que é uma renuncia, e que sua recompensa não está aqui na terra, mas nos ceus. Os pioneiros da causa do Evangelho, nunca estiveram ricos, porque sua herança era o Senhor, mas a função hoje, de pastor, não é mais uma vocação e um chamado, é uma profissão, e rentosa. 
Esses pastores que induzem imperativamente e ameaçadoramente o povo a contribuir com dízimos, e em forma de dinheiro, e não investe na expansão dos limites da pregação do Evangelho, mas que pelo contrario, trabalha secularmente e desfruta sozinhos e de modo profano, dos dízimos do povo, terão que prestar contas diante do Tribunal de Cristo. 

Ái! Pastores!, pastores! Ái dos pastores...

Dinorá Mendes




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