quarta-feira, 16 de abril de 2014

FERIDOS EM NOME DE DEUS

Este é o titulo do livro da Marilia de Camargo César, onde ela denuncia o abuso de lideres religiosos contra subordinados de boa fé.

Diz ela: Quando a fé se deixa manipular, pessoas viram presas fáceis de toda sorte de abuso. A confiança autêntica e sincera em Deus é gradualmente substituída pela submissão acrítica aos desmandos de lideranças despreparadas.
Carentes de acolhimento são habilmente capturados pela manipulação emocional de líderes medíocres de plantão e ambos seguem de braços dados experimentando religiosidade fútil e meritória, barganhando a todo momento com Deus.

Gente, esta narrativa é o retrato falado da denominação a que pertenci.
Corroborando com a autora, passo agora, a descrever algo que eu presenciei e convivi. 

No inicio, bem no inicio, não apenas eu, mas minha irmã, seu filho bem jovem (18 anos na época), seu esposo, e o irmão mais novo de seu esposo, encantados com a sutil e astuta habilidade de um certo pastor nas “visões e revelações” extra Bíblia, fomos pioneiros nessa obra onde ajudamos a construir uma historia, onde plantamos de boa fé em terra seca e árida o melhor de nós, pensando que estivéssemos trazendo gloria para Deus, mas que, nos finalmente, tudo se reverteu em gloria para o pastor, que de forma ingrata, fria, cruel, tramada, totalmente fora dos parâmetros bíblicos, se voltou contra os meus,  causando ao meu povo terríveis danos morais, choques psicológicos e colapsos da fé, porque para ele, não passamos de ferramentas que envelhecem e devem ser descartadas. 

A historia é nossa, porem quero me ater no irmão mais novo de meu cunhado, que na época estava com 20 anos de idade.

O rapaz era mui amado de meu cunhado, pois era mais novo que ele aproximadamente  19 anos, e vocês podem perceber o quanto um irmão caçula é xodó do mais velho. Assim era a relação dos dois irmãos. O rapaz havia crescido lado a lado de meu sobrinho e sobrinho dele tambem, e a amizade entre os dois era em alta estima.

Todos nós nos colocamos em obediência cega, onde só enxergávamos os direitos do pastor, direitos esses que nos colocavam debaixo de obediência cega que nos impediam de pensar e discernir.

Um dia, o moço, (irmão de meu cunhado), motivado e encantado pela nova experiência religiosa, sugeriu e solicitou ao pastor, oportunidade para que ele e sua noiva pudessem ter meios de ensinar o inglês aos jovens e demais interessados, na igreja.  Sua noiva falava habilmente o inglês, e queria beneficiar a outros, com seu talento.

Na época, nós não entendemos e tão pouco procuramos entender, a fúria do pastor contra o rapaz, alegando inclusive, que o moço queria ensina-lo, e deixando claro que isto ele não consentiria jamais, e acrescentava que ele não precisava de ninguem para lhe dar "conselhos e sugestõs". Eu presenciei por quinze anos o argumento egoísta do pastor,  por razões de seu ego ferido, com a proposta do rapaz. 
É assim mesmo irmãos, os falsos mestres jamais aceitam ser questionados, sugeridos, porque eles são , na sua concepção e ensinamentos, infalíveis e soberanos. 

Assim como são os seus subordinados hoje, meu povo se colocou numa posição contra o moço, e em favor do pastor.   Essa historia nos rendeu muitos dissabores e inimizades entre família,  cujo moço era tão amado antes.
Eu questionava o que havia acontecido, mas minha irmã, nunca conseguiu explicar com clareza, alegando apenas que o rapaz estava ofendendo o Pastor e contra o Ministério, algo que é dito e ensinado até hoje, quando alguém questiona o pequeno deus, ou sugere melhorias.

O moço foi cortado de ir na casa de minha irmã, meu sobrinho foi privado da amizade com o tio, meu cunhado calou pra tudo isto, e assim, a inimizade se instalou numa família que antes era unida.

Quando da ocasião do casamento do rapaz, meu povo foi seduzido e induzido , pelo pastor  a não ir, sob agouros e presságios; e,  movidos pelo medo e a obediência cega, ninguém foi no casamento do rapaz,  que antes fora intimo e criado com todo carinho.

O rapaz ficou tão decepcionado com o irmão mais velho, que chorou, e enviou uma carta desabafando, a qual minha irmã leu, mostrou para o pastor, porem ignorou, rasgou e jogou fora, afim de agradar ao pastorzinho semi-endeusado por seus seguidores.
Vejam irmãos, a que ponto, um líder religioso lobo conduz os seus subordinados sub-servientemente cegos. Hoje sei que, o fruto mais significativo desse pastor, é sua capacidade e habilidade de construir muros e inimizades entre famílias,  amigos e irmãos na fé.  

Só mais tarde foi que descobrimos, e hoje sabemos claramente que, tudo não passou de manipulação pastoral, para que o inteligente rapaz fugisse da casa do tesoureiro, pois, o medo do pastor, de vazar informações sobre as finanças,  lhe corroía a alma.
Assim como todos eram sutilmente impedidos à ter um relacionamento de perto com meu povo, por razões do dinheiro, onde o casal pastoral vomitava inimizades contra irmãos, assim também, os de sua própria família, família do meu povo,  eram cortados de frequentar a casa do tesoureiro.

Irmãos, por favor, não se deixem dominar por lideres religiosos ambiciosos, coronéis, ditadores, manipuladores, gananciosos, egoístas, e que não medem consequência para conseguir o que querem, principalmente quando o assunto é dinheiro e fama.  É bem como diz a Palavra de Deus, o dinheiro é a raiz de todos os males.

A coisa era tão cruel e perversa que, numa ocasião, o genro de um subordinado do pastor, seu mordomo, com o titulo de “carrapatinho do pastor”, venceu um concurso do Banco onde ele trabalhava, para gerente,  então, o pastor mandou meu cunhado ir na Gerência do Banco e exigir que o moço fosse transferido de Agência, sob alegações egoístas, e acrescentando que, se preciso fosse, o rapaz deveria ser demitido, porque o pastor não queria o rapaz agora como gerente, bisbilhotando sua conta corrente e a da denominação.
(Obs. Na ocasião, minha irmã aconselhou meu cunhado a não interferir na questão). 

O camarada vetusto, doloso e maquiavélico, nunca mediu consequência para conseguir o que quer. Ele pisa em pessoas, descarta-as como ferramenta em desuso, manipula pessoas, compra pessoas com remunerações, faz tudo que lhe convém, para conseguir seus objetivos gananciosos, avarentos, egoístas que o coloca na passarela do Reino deste mundo.

Pergunto, esse homem é pastor com o chamado de Deus? Pode até ter sido chamado, porem, o camarada desviou completamente dos propósitos de Deus, quando descobriu que “igreja” dá dinheiro, principalmente quando o povo deixa ser manipulado cegamente.

No entanto, semelhantemente a nós na época, centenas ainda permanecem cegos numa obediência manipulada e manipuladora, que os impedem de pensar e discernir. 
E, se voce tenta abrir-lhes os olhos, é taxado de rebelde e recebe rogos de agouros e presságios do “profeta Balaão”  e de seus mordomos.
(O profeta Balaão, à mando de Balaque, tentou invocar maldição sobre o povo de Deus, por interesses mamonetários.  “Porem, não há maldição contra o povo de Deus, diz o Senhor Deus de Israel).

A respeito de Balaão e os muitos Balaãos de hoje, o apostolo Pedro na sua segunda Epístola capitulo 2 verso 15 esclarece dizendo que: “Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, que amou o premio da injustiça (ganância e avareza).

O autor do livro de Judas no seu único capitulo, versiculo 11 acrescenta dizendo: “Ái, deles, Porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão...  (o premio de Balaão tinha como base, a ganância por dinheiro).

Apocalipse 2:14 diz: “...porque tens lá, os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel....

Balaão, o profeta, é retratado na Bíblia como o prêmio da ganância por dinheiro, e tropeços contra os filhos de Deus.

O sistema é tão cruel, perverso e egoísta que, quando a mãe do meu cunhado comunicou sua saída da denominação, a resposta que ela ouviu do lider do Dicaconato, foi: "Porque a irmã vai sair, se o problema não é com a senhora?  
Irmãos, se alguém ofende a um filho seu, por acaso não atinge a mãe? 

Sai dela povo meu, diz o Senhor, para que sejas cúmplices de suas heresias!


Dinorá Mendes










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